Projeto e Esperança
Novo Acampamento Che Guevarra
Nosso partido foi o reconhecimento de uma realidade existente, a realidade das ocupações da terra no Brasil, a realidade dos movimentos sociais e da necessidade por habitação, a realidade das paisagens beira de estrada.
Nesta última etapa do projeto, com a área de intervenção delimitada, focamos em estabelecer melhorias no espaço existente, como ajuste das ruas, ajardinamento da região, estabelecimento de uma zona comercial em conexão com a rodovia e zoneamento de áreas destinadas à cultura, educação, administração e esporte.
Num primeiro momento foi feita uma análise da ocupação existente e dos aspectos geográficos da região, com base em dados de satélite e desenhos topográficos. Foi constatado que os espaços dos lotes são muito bem divididos, porém faltam espaços destinados ao uso coletivo, as ruas são estreitas e a conexão com a rodovia e com o resto da cidade é precária.
Para fim de conhecermos melhor o acampamento e suas necessidade, conversamos com um morador do acampamento e líder do Coletivo dos Moradores do Assentamento Che Guevara. Ele é músico, morador do local há dois anos e pode nos apontar algumas questões de urgência na infra-estrutura e organização do acampamento, onde moram cerca de 400 famílias, algo como 1500 pessoas.
Pudemos constatar a premência da questão da água, abastecimento e saneamento. Alguns moradores captam sua água a partir de poços artesianos, a maioria no entanto depende do abastecimento por meio de caminhões pipa que ficam sob gestão da liderança. Neste projeto não conseguimos contemplar essa questão.
Outra problemática é a necessidade de um local destinado à educação, ali moram muitas mães solo, que além do trabalho se ocupam das crianças.
A maior parte dos moradores dali trabalham em outras localidades, sendo a conexão com o restante de samambaia um aspecto importante. Ali acontecem também saraus e eventos culturais voltados à comunidade e por isso decidimos destinar uma área à edifícios culturais um anfiteatro localizado onde o acampamento parece ter iniciado.
Não constatamos uma produção agrícola com relevância comercial, o que é produzido ali, parece ser voltado à subsistência. Mesmo assim destinamos as bordas do lote a um comprido jardim/horta.
A beira da estrada foi tratada como conexão do novo acampamento com a via e o resto da cidade. Para isso, uma faixa comercial com estacionamentos e praças faz a fronteira, com fachadas voltadas tanto para dentro, a área residencial, quanto para fora, a rodovia. Novas entradas também foram abertas e as vias transversais alargadas para redistribuir o fluxo viário e criar ruas mais arborizadas e agradáveis.
Com base nisso, estabelecemos um programa:
Área destinada à educação: creche, ensino fundamental, oficinas
Centro cultural e anfiteatro
Assembleia administrativa
Centro esportivo
Zona comercial: correios
Posto de saúde
Praças
Ruas principais mais largas
Horta/jardim







