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Landschaftspark Duisburg

Localização: Duisburg, Nordhein-Westfalen, Alemanha
Ano de projeto e construção: 1990 – 2002

1. Prêmio em concurso internacional 1990

Equipe: Latz + Partner, Latz-Riehl, G. Lipkowsky

Área: 200 hectares

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O parque está localizado na parte norte da cidade de Duisburg, em um terreno de 230 hectares onde antes funcionou uma usina siderúrgica, a antiga Thyssen Steelworks. Até o começo da década de 70 a região, conhecida como vale do Ruhr, foi responsável por grande parte da produção de carvão mineral e aço da Europa. O declínio destas indústrias nas décadas seguintes provoca uma mudança econômica, ecológica e social significativa. A paisagem herdada deste passado é marcada pelas monumentais construções que antes funcionavam como indústrias. O projeto do parque fez parte de uma parceria de dez anos entre o governo do estado, prefeituras locais e iniciativa privada com o objetivo de requalificar a região altamente densa em torno do rio Emscher.

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De acordo com o arquiteto alemão Peter Latz, responsável pelo projeto, o parque “não é fácil de navegar, não está claramente ordenado [...] é uma figura fragmentada situada em uma composição caótica”. A metamorfose do parque siderúrgico em um parque público se dá através do reconhecimento deste passado industrial, preservando a paisagem fabril. Os enormes edifícios de coloração acobreada e cinza se transformam em parede de escalada, tanque de mergulho, parque infantil e passeios intercalados por jardins secretos. A memória se mantém viva e o espaço é ressignificado para as pessoas que o habitam naquele momento.

Mesmo que anterior à publicação do “Manifesto da Terceira Paisagem”, do francês Guilles Clément, o projeto do parque dialoga com os conceitos tratados pelo paisagista, através do reconhecimento de potencial em uma zona desordenada e residual resultante de um solo explorado. O território é recuperado pelo tratamento da paisagem e a designação de novos usos a seus espaços.

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O desafio do projeto em refazer o meio natural numa região de solo e água contaminados por dejetos do processo de fundição foi possível por meio de um cuidadoso planejamento. Para que fosse possível a recuperação deste solo o parque foi dividido em zonas. Em algumas partes cresce uma vegetação rasteira, outras partes do solo foram revestidas com novas camadas e algumas esperam o trabalho do tempo. Este “jardim em movimento”, conceito emprestado de Clément, valoriza o crescimento espontâneo e selvagem da vegetação.

O projeto do Landschaftspark ilustra possibilidades de conciliação entre passado e presente, ecologia e urbanidade, propondo através do que parecem imagens distópicas, a recuperação do solo e da memória.

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